Projeto de Pesquisa e Conservação do Muriqui-do-Norte - Brachyteles hypoxanthus (Kuhl, 1820) (Primates, Atelidae), na Fazenda Córrego de Areia e Entorno - Município de Peçanha/MG

Objetivos do projeto -
  O presente projeto científico ambiental visa o estudo do Muriqui-do-Norte - Brachyteles hypoxanthus (Kuhl, 1820) em seu habitat natural, para se obter a longo prazo, dados para o planejamento de ações de conservação da espécie na Fazenda Córrego de Areia e entorno, no Município de Peçanha/MG. Além disso, também promover Educação Ambiental, para conscientizar crianças, jovens e adultos quanto a preservação ambiental, e a conservação do Muriqui e do seu habitat.
  A idéia inicial é a de abrir e marcar trilhas para facilitar os futuros trabalhos de campo; marcar pontos e as altimetrias em GPS, para se fazer um mapa da área; e seguir o grupo de Muriquis-do-Norte, para identificar seu estado, identificar os indivíduos e o número de indivíduos, saber quantos machos e fêmeas, filhotes, jovens, adultos e velhos existentes, e acostumá-los com a presença dos pesquisadores.


Características do Muriqui-do-Norte - Brachyteles hypoxanthus (Kuhl, 1820) (Primates, Atelidae)

Nomes populares ou usuais: Muriqui-do-Norte, Muriqui, Macaco-Muriqui, Mono-Carvoeiro, Mono, ou Northern Muriqui (ing.).

Classificação taxonômica:
Ordem: Primates.
Subordem: Anthopoidea.
Infraordem: Platyrrhini.
Família: Atelidae.
Subfamília: Atelinae.
Gênero: Brachyteles.
Espécie: Brachyteles hypoxanthus.
Subespécie: ---

Categoria de ameaça: "criticamente em perigo" (segundo a Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas da IUCN - versão 2009.1), sendo um dos primatas mais ameaçados do Mundo.

Brachyteles hypoxanthus (Kuhl, 1820)
  Conhecida como Muriqui-do-Norte, Muriqui, Macaco-Muriqui, Mono-Carvoeiro, Mono, ou Northern Muriqui (ing.), a espécie B. hypoxanthus (Kuhl, 1820) é, juntamente com a espécie B. arachnoides (Geoffroy, 1806) - Muriqui-do-Sul, os maiores primatas das Américas.
  A espécie que pode chegar a medir em adultos até 1,5 m de altura e atingir 15 kg, possue pelagem espassa de cor bege por todo o corpo e anel de pêlos mais claros ao redor da face que é rosada, formada por falhas de pigmentação (adultos). A genitália também possui falhas de pigmentação. A pele das mãos, pés e planta da cauda são negras. A cauda é musculosa, possuindo palma preênsil, com cristas e vales semelhantes a impressões digitais, o que lhes proporcionam grande mobilidade suspensória e a capacidade de suportar com facilidade o peso do próprio corpo. São excelentes braquiadores, com movimentos muitos leves.
  Em relação à alimentação, são animais onívoros, sendo na maior parte do tempo herbívoros, com adaptações para consumir vegetais (sendo preferencialmente as folha e os pecíolos das plantas). Possuem dentição formada por tubérculos baixos e grande intestino contido em volumoso abdome. Alimenta-se de brotos, folhas e frutos (com maior freqüência) e de sementes, flores e insetos (com menor freqüência).
  Em termos de habitat, a espécie ocupa o bioma Mata Atlântica, sendo nos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Sul da Bahia.

Curiosidades: O Muriqui também é chamado de Mono-Carvoeiro porque a face dos macacos (rosadas, com falhas de pigmentação) lembra o rosto sujo dos trabalhadores (carvoeiros) dos antigos fornos de carvão. Já o nome Muriqui, em idioma indígena brasileiro, significa "gente vagarosa", "gente pacata".

Algumas Recomendações para Estagiários, Relacionadas com Trabalhos de Campo

1. Não usar roupas de cores "berrantes" e nem de cores escuras, pois podem atrair ou confundir insetos e aracnídeos. Além disso, podem atrapalhar os comportamentos naturais dos animais em estudo.
2. Usar sempre par de perneiras de couro, nas pernas (canelas) sob a calça, para evitar acidentes com serpentes peçonhentas.
3. Usar sempre que possível boné e/ou chapéu, para evitar insolação na cabeça.
4. Levar sempre capa de chuva, para caso venha a chover.
5. Usar sempre meias confortáveis, para evitar bolhas e/ou acúmulo de umidade nos pés.
6. Usar sempre calçados confortáveis, para evitar incômodos e/ou bolhas nos pés. E se possível usar botas.
7. Levar sempre cantil ou garrafinha d'água cheia, para evitar desidratação.
8. Levar sempre canivete multiuso, para caso venha necessitar usá-lo.
9. Levar sempre lanterna com pilhas ou baterias (levar também reservas), para caso venha a anoitecer.
10. Levar sempre telefone celular com bateria carregada, para uso em caso de emergência.

O Pouco que nos Basta

Belo Horizonte, Brasil, 12 de agosto de 2011 -



Mico-Estrela - Callithix penicillataImagem: Hélvio/Jornal Pampulha.

  Ando estressada com os Micos que apareceram em minha casa. Enquanto pulavam de árvore em árvore, achava lindo. Agora que resolveram invadir a cozinha para roubar frutas, ou melhor, comê-las descaradamente em cima da mesa sem se importarem a mínima com nossa presença viraram um problema.
  Ontem tentei expulsar um deles - da goiaba e da cozinha -, e ele me encarou cheio de dentinhos afiados. Traumatizada por mordida de macaco, preferi me afastar. Peguei uma vassoura e ameacei tocá-lo de lá até vê-lo, tranquilamente, sair pela janela levando uma banana. Concordo que nessa hora quem levou a "banana" fui eu.
  - Você viu? Perguntei à cozinheira.
  - Vi. E se eu fosse você jogava o resto fora. Respondeu-me com cara de asco.
  Também por causa deles a Pretinha anda histérica. De manhã cedo, já começa a latir pros bichos, acordando a casa e atormentando os vizinhos. Tem Mico na Mangueira, no Flamboyant, subindo no telhado... E ela atrás, sem dar conta do recado. Quando se cansa de um, vai atrás de outro. No fim da tarde, exausta, deita-se escondida no sofá da sala e só se levanta na hora do jantar, quando, pulando e balançando o rabo, requisita sua parte da cesta.
  Resolvi fazer um "micódromo" no jardim, uma tábua pendurada nas árvores onde deixarei bananas, goiabas e frutas da época. Que nem fizemos na fazenda do Jaíba, onde até um vira-lata esperto sobe para comer, dividindo o espaço com Periquitos, passarinhos e uma infinidade de Maritacas. Assim, além de se afastarem da cozinha, os micos não correrão o risco de morrerem de fome. Exaltada, só mesmo a Pretinha corre o risco de "estressamento" máximo com essa história.
  Também as pombas, vindas sabe-se lá de onde, são um problema. Atrás da ração dos cachorros, não dão trégua. Além da sujeira que deixam no quintal, temo por doenças que porventura possam ter. Coloquei as vasilhinhas de ração dentro de casa até alguém me alertar de que isso pode atrair ratos. Odeio ratos!!!
  E lembro-me da história terrível contada por um amigo. Para se livrar dos ratos do sítio, adquiriu um pacotinho de chumbinho (veneno proibido e dos mais mortíferos). Os ratos comeram o veneno e os gatos da casa comeram os ratos. Final da história: morreram todos.
  Pior são os cupinzeiros, que, de uma hora para outra, resolveram dar as caras no gramado. Jogo remédio num buraco, eles aparecem em outro. E já nem sei mais o que fazer com aquelas "montanhanzinhas" do mal. Por causa dos cupins, perdi uma árvore inteira. E, se não ficar esperta, a casa também entra no cardápio. Fora esses pequenos contratempos, morar na Pampulha (Belo Horizonte/MG) é um privilégio. Nada como acordar com passarinhos cantando, cheiro de grama cortada, verduras frescas na horta e um Galo que, ao longe, nos desperta para o dia.
  Nas manhãs frias, poder sentar-se sob o sol observando borboletas; um Pica-Pau bicando árvores, e a gente ouvindo seu 'toc-toc'; formiguinhas minúsculas fazendo seu trabalho incessante, além do perfume das flores lilases dos muitos Manacás que plantamos no jardim. Enfim, ter a percepção do tão pouco que é necessário para que nossos dias se tornem mais felizes.

Laura Medioli - Colunista.


Fonte: Coluna Crônicas/Jornal Panpulha.

(2011) Código Florestal Brasileiro em Perigo: Entenda a Questão

O que está em jogo -
  A primeira versão do Código Florestal brasileiro foi aprovada em 1934 (Decreto No. 23.793/1934). O Decreto foi pensado por naturalistas e pessoas que, mesmo naquela época, tinham ampla visão da importância das florestas. O Código surgiu com o intuito de racionalizar o rápido processo de derrubada das florestas nativas, para garantir reservas de lenha, como é alegado, mas também para preservar as fontes de água, o regime de chuvas e evitar a ocupação de áreas de risco.
  Mesmo com a atualização em 1965 (Lei No. 4.771/1965), o Decreto ainda tem sua concepção inalterada, embora vários de seus instrumentos tenham sido aprimorados. Desde a década de 1930 (governo do ex- presidente Getúlio Vargas (1882-1954)), já havia a obrigação de se preservar as beiras de rio, os topos de morro, as encostas íngremes e de manter uma parcela da vegetação nativa existente no imóvel (que era de 25% na época), excluídas as áreas de domínio público, que tinham regras diferentes. Com o aprimoramento da legislação, as áreas a serem protegidas nas propriedades passaram a se chamar: APP - Áreas de Preservação Permanente, e RL - Reserva Legal.
  Apesar de antiga, ela não é velha. Também não é uma Lei equivocada em seus princípios, como vem sendo difundido por determinados setores da sociedade. Independente das razões determinantes que guiaram os políticos da década de 1930 a aprová-la, a Ciência já demonstrou que a manutenção de parcelas de vegetação natural na paisagem rural é fundamental, e mesmo urbana, para garantir a conservação da biodiversidade e a continuidade na oferta de serviços ambientais básicos, como a ciclagem da água, a ciclagem de nutrientes, a ciclagem do carbono, a contenção de ventos, a existência de polinizadores, o controle de pragas, dentre outros.
  Além disso, é o Código Florestal brasileiro a única lei nacional que veta a ocupação urbana ou agrícola de áreas de risco, como é o caso de encostas íngremes, áreas alagadiças ou sob a influência de dunas. Tragédias como as recentemente ocorridas no Vale do Itajaí (SC) e Rio de Janeiro (RJ) em 2011, com mortos e prejuízos decorrentes de deslizamentos e enchentes, poderiam ser evitadas se a Lei fosse cumprida. E se ela deixar de existir, os problemas seguramente se multiplicarão.

Os ruralistas contra a Lei -
  Apesar de ser uma lei importante para a sociedade, há uma imensa pressão de parte do setor agropecuário por sua modificação. A razão da insatisfação é que, após muitas décadas de esquecimento, ela começou a ser aplicada. O pressuposto de que a conservação de florestas é algo que interessa à sociedade, expresso logo no primeiro artigo do Decreto de 1934, é atualizadíssimo. Mas então, qual o problema? Por que tanta pressão para modificá-la?
  Não há mais como fingir que ela não existe, pois não só os órgãos de fiscalização estão mais eficientes, como o próprio mercado (os consumidores) está começando a exigir que a produção agropecuária cumpra uma lei que é de interesse de toda a sociedade.
  Com a edição em 2008, de um conjunto de medidas voltadas à implementação da Lei, algumas lideranças do campo, capitaneadas pela CNA - Confederação Nacional da Agricultura, e com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (pasta loteada para a ala "ruralista" do PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro), passaram a pressionar por sua revogação. Mas eles não jogam às claras e não falam nesses termos. Alegam que a Lei é ultrapassada, que não tem base científica, que é impossível de ser aplicada e que atrapalha o desenvolvimento do país.
Algumas de suas propostas são:
- Ampla anistia a ocupações ilegais, inclusive em áreas de risco.
- A compensação de RL a milhares de quilômetros da área onde originalmente deveria estar.
- O fim de qualquer tipo de proteção a encostas e topos de morro.
- A possibilidade dos Estados diminuírem (jamais aumentarem) a proteção às matas ciliares.
- O aumento do desmatamento permitido na Amazônia, dentre outras propostas que, por se basearem em interesses setoriais imediatistas, vão na contramão da história e atentam contra os interesses de toda a sociedade, inclusive dos produtores rurais.
  Em 2009, a Câmara dos Deputados criou uma comissão para analisar propostas de modificação no Código Florestal brasileiro. Tendo uma maioria de deputados ruralistas, ela analisa projetos que pretendem modificar não só o Código Florestal brasileiro, mas vários dos principais instrumentos da política ambiental brasileira, dificultando a criação de novas áreas protegidas e criando a figura do "licenciamento ambiental automático" para obras de significativo impacto ambiental.
  Após a realização de algumas audiências públicas pelo país, em sua grande maioria organizada por sindicatos ou organizações alinhadas à CNA, a comissão pode votar uma proposta antes do recesso legislativo de 2010. Pela parcialidade das audiências (análise da organização ambiental Greenpeace-Brasil, sobre as audiências), pelos posicionamentos públicos do relator Deputado Aldo Rebelo (PcdoB/SP - Partido Comunista do Brasil/SP), e pela composição da Comissão, há um ameaça real de que possa vir a ser aprovado um projeto que retroceda em muitas décadas os padrões de proteção às florestas brasileiras.

Qual o problema com o Código Florestal brasileiro? -
  Está claro, no entanto, que não basta apenas a aplicação de multas e um aprimoramento na fiscalizaçãopara que grande parte dos produtores rurais regularize sua situação. Isso é necessário, mas não o suficiente. Por isso várias organizações preocupadas com o problema vêm trabalhando pela implementação de incentivos à aplicação da Lei. É fundamental que as políticas de apoio à atividade agropecuária passem a incentivar a implementação do Código Florestal brasileiro, não só oferecendo crédito para a recuperação, mas sobretudo premiando, de diversas formas, aqueles que cumprem rigorosamente a legislação.
  Com políticas de apoio, seria muito mais simples aplicar a Lei. Mas é importante também capacitar os órgãos ambientais e agrícolas para que saibam orientar o proprietário rural para como cumpri-la bem. Hoje há uma série de atividades que já são permitidas pela legislação mas que poucos sabem e muitas outras questões podem e devem ser resolvidas por boas regulamentações da Lei, não necessariamente por outra lei.

Aperfeiçoar, sempre -
  Isso não quer dizer que a Lei não possa ser aperfeiçoada. Pode. Diversas propostas já foram apresentadas, inclusive por organizações ambientalistas. Criar metas de conservação por bacias hidrográficas, por exemplo, é uma delas. Um bom planejamento da paisagem poderia indicar áreas onde é melhor preservar ou recuperar florestas, usando inclusive mecanismos de compensação, do que manter uma agropecuária de baixa produtividade. Num contexto de aprimorar a Lei para melhor aplicá-la, inclusive algumas flexibilizações seriam aceitáveis. Mas não é isso que as propostas de alteração feitas pelos ruralistas e que serão votadas na Comissão Especial querem, e seus membros sequer se dispuseram a ouvir essas propostas. Objetivam apenas anistiar os usos irregulares. E ponto.

Modernizar sim, retroceder jamais -
  Diante da iminência da aprovação de propostas retrógradas e corporativas pelo Congresso Nacional, é fundamental que a sociedade civil se mobilize contra.



Vídeo: S.O.S. Florestas: O Código Florestal em Perigo.


Fonte: S.O.S. Florestas: O Código Florestal em Perigo.

Cientistas Apontam os Primatas Mais Ameaçados do Planeta - 2008-2010

Bristol, Inglaterra , 19 de fevereiro de 2010 -

  Os parentes mais próximos da humanidade na escala evolutiva - macacos, chimpanzés, gorilas, lêmures e outros primatas - estão à beira da extinção e necessitam de medidas urgentes de conservação. De acordo com um novo relatório, quase metade de todas as espécies de primatas está em perigo de extinção. O trabalho foi realizado por um grupo de 85 especialistas em primatas da IUCN/SSC - The IUCN Species Survival Commission (Comissão de Sobrevivência das Espécies da IUCN), e pela IPS - International Primatological Society (Sociedade Internacional de Primatologia), em colaboração com a CI - Conservation International (Conservação Internacional).
  Intitulado "Primates in Peril: The World's 25 Most Endangered Primates - 2008-2010". ("Primatas em Perigo: Os 25 Primatas Mais Ameaçados do Mundo - 2008-2010"), o documento aponta como principais ameaças aos primatas a destruição das florestas tropicais, o comércio ilegal de animais silvestres, e a caça comercial. A lista inclui 5 espécies de primatas de Madagáscar (África), 6 da África, 11 da Ásia, e 3 da América Central e América do Sul, que necessitam de medidas urgentes para sua sobrevivência.
  Algumas espécies contam com poucos indivíduos sobreviventes. O Langur-de-Cabeça-Dourada (Trachypithecus poliocephalus poliocephalus), do Vietnã (Ásia), é um deles, com apenas 60 a 70 espécimes remanescentes. Do mesmo modo, há provavelmente menos de 100 indivíduos de Lemur-Desportista-do-Norte (Lepilemur septentrionalis) em Madagáscar (África), e aproximadamente apenas 110 de Gibão-de-Crista-Negra (Nomascus nasutus) no nordeste do Vietnã (Ásia).
  "Os resultados da avaliação mais recente feita pela IUCN - International Union for Conservation of Nature (União Internacional para a Conservação da Natureza) sobre a situação de mamíferos no Mundo indicam que os primatas são, entre os grupos de vertebrados, os mais ameaçados. O propósito de nossa lista com as 25 espécies é destacar aquelas que estão sob maior risco, chamar a atenção do público, estimular os governos nacionais a fazerem mais e, especialmente, encontrar os recursos para implementar medidas de conservação extremamente necessárias", afirma Dr. Russell A. Mittermeier, presidente da CI e chefe do grupo de especialistas em primatas da IUCN/SSC.

Brasil -
  Espécies brasileiras não constam na lista, mas estão desaparecendo. Apesar desse quadro pessimista, os conservacionistas apontam para o sucesso na recuperação de espécies ameaçadas. No Brasil, o Mico-Leão-Preto (Leontopithecus chrysopygus) era apontado como uma espécie criticamente ameaçada de extinção na "The IUCN Red List of Threatened Species" ("Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas da IUCN"), assim como o Mico-Leão-Dourado (Leontopithecus rosalia) integrava a lista com as 25 espécies de 2004-2006. Ambas as espécies continuam como ameaçadas, mas com o resultado de três décadas de esforços de conservação envolvendo inúmeras instituições, suas populações agora estão bem protegidas. Entretanto, permanecem ainda muito pequenas, o que indica uma necessidade urgente de reflorestamento para ampliar seu habitat e garantir a sobrevivência no longo prazo.
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Conheça as 25 espécies de primatas mais ameaçadas do Mundo (2008-2010), por região:
Madagascar (África) -
Lêmur-Gentil (Prolemur simus).
Lêmur-da-Cabeça-Cinza (Eulemur cinereiceps).
Lêmur-Preto-de-Olho-Azul (Eulemur flavifrons).
Lêmur-Desportista-do-Norte (Lepilemur septentrionalis).
Sifaka-Sedoso (Propithecus candidus).

África -
Galago-Anão-de-Rondo (Galagoides rondoensis).
Mono-Roloway (Cercopithecus diana roloway).
Colobo-Vermelho-do-Rio-Tana (Procolobus rufomitratus).
Colobo-Vermelho-do-Delta-do-Niger (Procolobus epieni).
Kipunji (Rungwecebus kipunji).
Gorila-do-Rio-Cruz (Gorilla gorilla diehli).

Ásia -
Társio-da-Ilha-Siau (Tarsius tumpara).
Lóris-Lento-de-Java (Nycticebus javanicus)
Langur-da-Cauda-de-Porco (Simias concolor).
Langur-de-Delacour (Trachypithecus delacouri).
Langur-de-Cabeça-Dourada (Trachypithecus poliocephalus poliocephalus).
Langur-de-Cara-Roxo-do-Oeste (Semnopithecus vetulus nestor).
Langur-de-Cabeça-Cinza (Pygathrix cinerea).
Langur-de-Nariz-Arrebitado-de-Tonkin (Rhinopithecus avunculus).
Gibão-de-Crista-Negra-do-Leste (Nomascus nasutus).
Gibão-Hoolock-do-Oeste (Hoolock hoolock).
Orangontango-de-Sumatra (Pongo abelii).

América Central e América do Sul -
Saguim-de-Cabeça-de-Algodão (Saguinus oedipus).
Macaco-Aranha ou Coatá (Ateles hybridus).
Macaco-Barrigudo-da-Cauda-Amarela (Oreonax flavicauda).
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Para acesso ao relatório completo 2008-2010 (em inglês), acesse:
http://www.conservation.org/2010primates/


Fonte: CI-Brasil - Conservação Internacional do Brasil/Coservation International-Brasil.

(2009) Expedição "Darwin: As Espécies e o Clima"

   Para comemorar os 200 anos de nascimento do naturalista inglês Charles Robert Darwin, e 150 anos da publicação do seu livro "The Origin of Species" ("A Origem das Espécies"), o WWF-International apoiará em 2009, a expedição "Darwin: As Espécies e o Clima".
   A iniciativa é da rede de televisão e de rádio holandesa VPRO, o projeto irá refazer o mesmo trajeto do veleiro H.M.S. Beagle - expedição integrada por Charles Darwin entre 1831 e 1836.
   A bordo do veleiro Amsterdan Clipper, a expedição chegará no Brasil no dia 30 de setembro de 2009, e no dia 17 de outubro parte para o Uruguai.
   Como no trajeto original, no Brasil, passará pelo Arquipélago de Fernando Noronha/PE, além de paradas no município de Salvador/BA, entre 6 e 11 de outubro, e no município do Rio de Janeiro/RJ, entre 13 e 17 do mesmo mês.
   O principal objetivo da viagem, que durará até maio de 2010, é produzir uma série de documentários de TV sobre as observações e descobertas de Charles Darwin durante a expedição, a partir dos locais visitados por ele.
   A apresentadora da série será Sara Darwin, tataraneta do naturalista inglês. A embarcação também é um estúdio navegante no qual haverá cientistas durante toda a viagem e suas pesquisas serão seguidas pela Internet, rádio e televisão.
   Para marcar a passagem da Expedição Darwin pelo Brasil, o WWF-Brasil preparará um conteúdo especial sobre o que pode ocorrer com as espécies do Planeta, caso o aumento da temperatura global ultrapasse os 2ºC.


Fig.: Trajeto que será feito pelo veleiro Amsterdan Clipper, o mesmo feito originalmente pelo veleiro H.M.S. Beagle. Mapa: WWF-International.

Maiores informações acesse:


Fonte: WWF-Brasil.